quarta-feira, 25 de abril de 2012

Impostos sobre os diamantes


Em 1729, o governo português foi avisado da existência de jazidas de diamantes na região do rio Jequitinhonha, próximo ao Arraial do Tijuco (atual Diamantina, Minas Gerais).
  As autoridades agiram rápido. Logo o governo demarcou a área diamantina e isolou-a do resto das terras e proibiram a sua exploração. A extração de diamantes foi transformada em monopólio do governo português e quem fosse pego explorando essas minas sem autorização podia ser punido com o exílio para Angola.
Em 1743, o governo português criou o Distrito Diamantino, administrado por Rafael Pires Pardinho. Para evitar o contrabando, Pardinho impôs à população local um isolamento quase completo em relação a outras regiões da colônia. Ninguém podia sair sem a autorização do Intendente, que tinha poder de vida e morte sobre os habitantes da região demarcada. Mas o valor de venda dos diamantes era tão alto que os próprios funcionários do rei contrabandeavam as pedras.
A permissão para que particulares participassem da extração de diamantes só foi dada em 1739. Em troca do pagamento de uma quantia fixa ao governo português, essas pessoas, chamadas de contratadores, exploravam as minas utilizando trabalho escravo.
Os contratadores acabaram em 1771 ,quando a extração passou a ser administrada diretamente pelo governo portugueses por meio da Real Fazenda, órgão que tinha o controle dos diamantes.
O Distrito Diamantino teve seu fim em 1882,quando as pedras tinham escasseado e o Brasil já era independente de Portugal.


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